
Ilustração da Nasa representa detritos na baixa órbita terrestre - Foto: Getty Images/Nasa
Por Marcela Puccia Braz
E se existisse um satélite que acoplasse um kit motor ao lixo espacial, guiando-o em direção à atmosfera terrestre para ser desintegrado? Essa foi a proposta feita por cientistas italianos, publicada na revista científica Acta Astronáutica, para solucionar o problema do crescente acúmulo de lixo em órbita ao redor da Terra.
A pesquisa identificou mais de 17 mil objetos que medem mais de 10 centímetros na órbita da Terra. Entre eles, há 60 objetos a 850 quilômetros do solo, dentre os quais 40 têm peso maior do que três toneladas cada. A maior preocupação é com a colisão entre os detritos, que podem se quebrar e gerar milhares de fragmentos. Isso pode vir a ser uma reação em cadeia, chamada de Síndrome de Kessler.
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Em junho, os astronautas que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) tiveram que embarcar em cápsulas de emergência para se proteger de um detrito espacial que se aproximava da estação.
Para evitar uma nuvem de lixo em órbita ainda maior, os cientistas propõem a retirada de cinco a 10 objetos por ano. O satélite acoplaria em pedaços inativos de foguetes, por exemplo, o kit propulsor por meio de braços mecânicos. O mecanismo seria, então, ativado e guiaria o objeto em direção à atmosfera terrestre.
Entre os impedimentos para uma efetiva "limpeza espacial" está a relutância de alguns países em permitir acesso a seus objetos, mesmo que não estejam em uso. Além disso, não há acordo internacional que determine o responsável pela retirada do lixo espacial produzido por cada país.
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/noticias/298401_noticias.shtml?ES
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