"a educação ambiental assume cada vez mais a função política e transformadora, na qual a participação e a co-responsabilização dos indivíduos tornam-se alvos centrais para fomentar um novo tipo de racionalidade e um novo modelo de desenvolvimento" ANGÉLICA GÓIS MORALES

Professora Karyne Ap. Mioduski Rodrigues - karynepg@gmail.com





quinta-feira, 23 de junho de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

No ES, coleta de resíduos dá lucro e ajuda o meio ambiente

O lixo gerado pelas empresas sustenta um mercado promissor no Brasil: a coleta para reciclagem. No Espírito Santo, o negócio é muito lucrativo. Existe até um projeto para capacitar empreendedores do setor e buscar novos clientes.

Dezoito empresas fazem parte do projeto criado pelo Sebrae em parceira com o Instituto de Meio Ambiente e o Instituto de Ações Sociais do Espírito Santo. O objetivo é reaproveitar as sobras, os resíduos de materiais descartados por lojas, fábricas e indústrias.

“A nossa intenção é fazer com que o resíduo que hoje é ainda enterrado ou que sai do estado pra ser vendido fora, ele fique no estado e possa se transformar em nova matéria prima”, diz Célia Perin, do Sebrae de Vitória/ES.

Além de preservar o meio ambiente, o trabalho ajuda a criar novos empregos e a aumentar a arrecadação do estado. Os clientes desse serviço são empresas que geram muito lixo todos os dias.

Uma concessionária de carros descarta 37 mil litros de óleo por ano. E mais 16 mil quilos de resíduos sólidos, como embalagens, filtros e lâmpadas. Por menos de mil reais por mês, uma das empresas do projeto leva todo esse lixo embora.

“O óleo vai para refino, as embalagens vão para a reciclagem, os filtros para reciclagem, a borra para a indústria do cimento”, diz o empresário Alexandre Vargas de França, dono da empresa que recolhe os resíduos.

O caminhão chega cedo e recolhe o óleo e outros materiais, como a areia que cai do carro durante a lavagem. A mistura de água, terra e óleo é separada em uma caixa.

Com o trabalho de coleta, a concessionária conseguiu a certificação iso 14001. é um documento reconhecido no mundo inteiro. Ele define como uma empresa deve agir em relação aos cuidados com o meio ambiente. Além de ajudar a natureza, a ISO 14001 é uma plataforma de marketing para a concessionária, que já vende 120 carros novos e 60 usados por mês.

“O cliente também na compra do veículo ele sabe que ali tem a conscientização ambiental”, diz Niemayer Oliveira, gerente da concessionária.

A preocupação com a natureza é tão grande que Niemayer verifica a coleta pelo computador enquanto trabalha. A concessionária tem acesso a um sistema de rastreamento exclusivo, que acompanha o lixo até o momento do descarte. São informações importantes para mostrar nas inspeções que são feitas pelos auditores da ISO 14001.

“A gente tem todas as respostas necessárias para demonstrar que o resíduo tem o destino correto”, diz.

Quando sai da concessionária, o resíduo é levado para a sede da coletadora, no município de Serra, a 30 quilômetros da capital do estado, Vitória. Lá o material é classificado: as embalagens são prensadas e os filtros são divididos, metal para um lado, papel para o outro. A coletadora recolhe o lixo de 800 clientes.

A empresa coleta seis mil toneladas de resíduos contaminados por ano e faz o descarte em várias partes do país. O óleo vai para Minas Gerais, as embalagens para o Rio Grande do Sul, as lâmpadas acabam no interior de São Paulo. Mas, existe um plano para manter todo esse material aqui no Espírito Santo.

O lixo vai ser levado para um terreno de 4,5 mil metros quadrados. As coletadoras vão dividir os custos e o espaço e vão negociar a venda do lixo coletivamente. Assim, o custo do frete vai diminuir.

Novos mercados
Melhorar os resultados financeiros das empresas é justamente o objetivo do Sebrae. Por isso o projeto busca novos mercados: os empresários já foram levados para feiras no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

“O nosso objetivo é expandir o nosso negócio através de parcerias com empresas de outros estados, levando a nossa tecnologia, o nosso conhecimento, o nosso know-how no gerenciamento de resíduos”, diz o empresário Alexandre.

O futuro do segmento é promissor. O número de empresas que faz o descarte adequado do lixo é muito pequeno – existem milhares de clientes para conquistar.

“Esse é um trabalho que a gente tem que fazer em longo prazo. Até que todas as empresas se conscientizem e comecem a ver esse lado, que não é só a questão do lado ambiental, que existe pressão hoje, mas pelo lado econômico, vale a pena desenvolver esse trabalho”, diz Célia, do Sebrae.

fonte: http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2011/06/no-es-coleta-de-residuos-da-lucro-e-ajuda-o-meio-ambiente.html

domingo, 12 de junho de 2011



Acesso à internet agora é direito humano básico
Otavio Cohen 10 de junho de 2011



Se por acaso o seu acesso à internet for cortado, você já pode reclamar com a ONU. Um dos seus direitos estará sendo desrespeitado. É isso mesmo: navegar na rede agora é um direito humano básico assegurado pela Organização das Nações Unidas. Isso quer dizer que, além de ser tratado com respeito, de pedir informação, de mudar de opinião, de ir e vir, você também têm direito de acessar à internet.

O documento que oficializa a navegação na web como direito humano básico tem mais de 20 páginas e foi publicado pela ONU na semana passada (já faz um tempinho, mas não poderíamos deixar passar em branco, certo?). Nele, a organização enfatiza a importância da natureza “transformadora e única da internet”. De acordo com o texto (que você pode ver aqui, em inglês), o acesso à rede favorece o progresso da sociedade e permite que os usuários exercitem direito de opinião e expressão. Mas, na prática, o que muda?

Se você está lendo isso, pouca coisa muda na sua vida.. Mas lembre-se que tem muita gente por aí que enfrenta censura nacional e não pode entrar em qualquer site. Há alguns dias, dois terços do acesso à internet na Síria foi bloqueado sem aviso. O documento da ONU reage ao corte. “A recente onda de protestos em países do Oriente Médio e África do Norte mostrou o papel-chave que a internet pode desempenhar em mobilizar a população para pedir por justiça, igualdade e mais respeito aos direitos humanos. Sendo assim, facilitar o acesso à internet para todos os indivíduos, com a menor restrição ao conteúdo online possível, deve ser prioridade”, ressalta o relatório.

Agora você pode estar imaginando “mas como é que ninguém pensou nisso antes?”. Na Estônia, uma lei com os mesmos preceitos existe desde 2000 (naquela época em que você ainda usava ICQ e a internet era discada). Na Finlândia, a Justiça garante uma navegação com velocidade mínima de 1 megabyte por segundo. Essa é a internet do futuro: rápida e livre. Mas não vale reclamar com a administração da empresa que bloqueia aqueles sites que não te deixam trabalhar.

http://super.abril.com.br/blogs/superblog/acesso-a-internet-agora-e-direito-humano-basico/