https://www.youtube.com/watch?v=JLTY7t8c_x0
Registro do trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim
Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina, localizado na cidade
de Duque de Caxias, Rio de Janeiro.
"a educação ambiental assume cada vez mais a função política e transformadora, na qual a participação e a co-responsabilização dos indivíduos tornam-se alvos centrais para fomentar um novo tipo de racionalidade e um novo modelo de desenvolvimento" ANGÉLICA GÓIS MORALES
Professora Karyne Ap. Mioduski Rodrigues - karynepg@gmail.com
Professora Karyne Ap. Mioduski Rodrigues - karynepg@gmail.com
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Dica de Filme Xingu
Três irmãos decidem viver uma grande aventura. Orlando (Felipe Camargo), 27 anos, Cláudio (João Miguel), 25, e Leonardo (Caio Blat), 23, Villas-Bôas alistam-se na expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. A saga começa com a travessia do Rio das Mortes e logo os irmãos se tornam chefes da expedição e se envolvem na defesa dos índios e de sua cultura, registrando tudo num diário batizado de “Marcha para o Oeste”. Numa viagem sem paralelo na história, com batalhas, 1.500 quilômetros de picadas abertas, 1.000 quilômetros de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos Villas-Bôas conseguem fundar o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país como a Bélgica. Na aventura, os irmãos Villas-Bôas conseguem passar pelo território Xavante, de índios corajosos e guerreiros sem nenhuma baixa de ambos os lados. Ao recontar a saga dos irmãos, o longa acompanha essa grande luta pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os Villas-Bôas em heróis brasileiros.
Atividades 1º ano Ensino Médio 2018 - 1º Bimestre
Atividades de Geografia – professora Karyne – 1º Bimestre
2018 – 1º ano
1)
“O espaço geográfico é fruto de um
processo que ocorre ao longo da história das diversas sociedades humanas; dessa
forma, representa interesses, técnicas e valores dessas mesmas sociedades, que
o constroem segundo suas necessidades. Então, é possível dizer que ele reflete
o estágio de desenvolvimento dos meios técnicos de cada sociedade”.
(SILVA, A. C. et. al. Geografia
contextos e redes 01. 1º ed. São Paulo: Moderna, 2013. p.19).
No trecho acima, observa a noção de
espaço geográfico vinculado:
a) ao emprego aleatório de ferramentas
desprovidas de seus contextos.
b) à utilização das técnicas para a
produção da sociedade e suas espacialidades.
c) à ideia de que a sociedade é o reflexo
do meio onde vive e que nele se reproduz.
d) à história da humanidade, limitando
esse conceito às justa posições do passado.
e) aos interesses da sociedade, em uma
perspectiva totalitária e sem subjetividades.
2)
Assinale, a seguir, a alternativa que
melhor indica o conceito atual de espaço geográfico:
a) Compreende o substrato superficial
onde habitam os seres vivos terrestres.
b) Abrange o meio físico da Terra e
suas dinâmicas naturais, tais como o clima, o relevo e a vegetação.
c) É o “palco” das práticas sociais,
caracterizando-se por ser um receptáculo das ações antrópicas.
d) É tudo aquilo que pode ser
contemplado pela visão em um ambiente imediatamente próximo.
e) É o resultado da interação mediada
pelas técnicas entre as práticas humanas e suas sociedades com a superfície
terrestre e seus elementos.
3)
(ENEM-2012) Portadora de memória, a
paisagem ajuda a construir os sentimentos de pertencimento; ela cria uma
atmosfera que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às comemorações.
CLAVAL, P. Terra dos homens: a
geografia. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado).
No texto, é apresentada uma forma de
integração da paisagem geográfica com a vida social. Nesse sentido, a paisagem,
além de existir como forma concreta, apresenta uma dimensão.
a) política de apropriação efetiva do
espaço.
b) econômica de uso de recursos do
espaço.
c) privada de limitação sobre a
utilização do espaço.
d) natural de composição por elementos
físicos do espaço.
e) simbólica de relação subjetiva do
indivíduo com o espaço.
Atividades 2º ano Ensino Médio 2018 - 1º Bimestre
Atividades de Geografia –
professora Karyne – 1º Bimestre 2018 – 2º ano
1)
O Brasil é considerado um país com dimensões
continentais. Quais os fatores que reforçam essa afirmação?
2)
Com
8.514.876 Km2, o Brasil é o quinto maior país do planeta em extensão
territorial. Os países que possuem área maior que a do Brasil são:
a) Rússia, China, Índia e Austrália
b) Estados Unidos, Canadá, África do
Sul e Indonésia
c) Rússia, Canadá, China e Estados
Unidos
d) Canadá, Índia, México e China
e) Rússia, China, Estados Unidos e
Austrália
3) (UFSC) Assinale as proposições
corretas:
1) O Brasil é o único país
sul-americano que tem suas terras distribuídas por três hemisférios: o Norte, o
Sul e o Oeste.
2) Santa Catarina está situada
totalmente ao sul do Trópico de Capricórnio, o que influencia na sua
caracterização climática.
4) O Norte e o Nordeste são as duas
únicas regiões do Brasil totalmente localizadas em Zona Intertropical.
8) O Brasil faz fronteiras com todos
os países da América do Sul, com exceção do Chile e do Equador.
4)
(ENEM) Analise as afirmativas sobre a posição
geográfica do Brasil e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
a) O território brasileiro está totalmente ao sul da
linha do Equador, portanto, o país pertence somente ao Hemisfério meridional.
b) Os extremos do território do Brasil no sentido
leste-oeste são: Monte Caburaí (Roraima) e Arroio Chuí (Rio Grande do Sul).
c) O Brasil pertence ao Hemisfério ocidental, visto que o
país está situado a oeste do meridiano de Greenwich.
d) O Trópico de Capricórnio “corta” o território
brasileiro na sua porção sul.
e) Cortado ao norte pela linha do Equador, o Brasil
possui 7% do seu território no Hemisfério setentrional e 93% no Hemisfério meridional.
( )
VFVFF
(
)FFVVV
( )
FVFVV
(
)VFFFF
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Monopoly: como jogo inventado para denunciar os males do capitalismo teve efeito oposto
3 ano A - Atividade de leitura para 26/02/2018.
Monopoly: como jogo inventado para
denunciar os males do
capitalismo teve efeito oposto
Kate
Raworth* BBC Capital
29 agosto 2017
Image
caption Monopoly é um jogo conhecido mundialmente - mas não sua criadora
"Compre
terra - já não se fabrica mais", disse certa vez Mark Twain. É uma máxima
que certamente pode ser aplicada em uma partida do Monopoly, o bem-sucedido
jogo de tabuleiro que ensinou gerações de crianças a comprar propriedades,
enchê-las de hotéis e cobrar aluguéis astronômicos de outros jogadores pelo
privilégio de passar por ali por acidente.
No
Brasil, o jogo começou a ser vendido em 1944 com o nome de Banco Imobiliário
pela Estrela, em parceria com a Hasbro, dona do jogo. As duas empresas
encerraram a parceria, e a Estrela lançou uma nova versão do jogo,
"abrasileirando-o", enquanto a Hasbro decidiu vendê-lo no país com o
nome Monopoly.
A
criadora pouca conhecida do jogo, Elizabeth Magie, sem dúvidas ficaria chateada
se tivesse vivido o suficiente para descobrir quão influente a visão distorcida
de seu jogo se tornou. Por quê? Porque encoraja os jogadores a celebrar os
valores exatamente opostos aos que ela pretendia defender.
Nascida
em 1866, Magie era uma rebelde que falava abertamente contra as normas e as
políticas de seu tempo. Ela era uma mulher não casada aos 40 anos, independente
e orgulhosa disso, e expôs seu ponto de vista com um truque publicitário.
Em
um anúncio de jornal, ela se ofereceu como "uma jovem escrava
americana" a ser comprada pela maior proposta. Seu objetivo, afirmou aos
leitores em choque, era escancarar a posição de subordinação das mulheres na
sociedade. "Nós não somos máquinas", disse ela. "Meninas têm
cérebros, desejos, esperanças e ambição."
“Image caption Com seu jogo de
tabuleiro, Magie queria fazer uma crítica ao sistema capitalista de posse de
propriedades”
Além
de confrontar políticas de gênero, Magie decidiu encarar o sistema capitalista
de posse de propriedades - desta vez não por meio de um truque publicitário,
mas na forma de um jogo de tabuleiro.
A
inspiração surgiu com um livro que seu pai, o político antimonopólio James
Magie, havia lhe dado. Nas páginas do clássico de Henry George, Progresso e
Pobreza (1879), ela encontrou a convicção de que "o direito igual de todos
os homens ao uso da terra é tão claro como seu direito a respirar o ar - é um
direito proclamado pelo fato de sua existência".
Ao
viajar pelos Estados Unidos em 1870, George assistiu a destituições constantes
de terra em meio a uma riqueza crescente, e ele acreditava que isso ocorria devido
à desigualdade da posse de terras que unia essas duas forças - pobreza e
progresso - juntas.
Então,
em vez de seguir Twain e encorajar outros cidadãos a comprar terras, ele pediu
ao governo para taxá-las. Com base em quê? Ele partiu da ideia de que boa parte
do valor de um lote não vem do que está construído ali, mas do que a natureza
pode oferecer em termos de água ou minerais que podem estar abaixo da terra ou
do valor criado devido aos seus arredores, como estradas e trilhos próximos,
uma economia em expansão, um bairro seguro, boas escolas e hospitais locais.
E
argumentou que o dinheiro das taxas deveria ser investido para o bem de todos.
Determinada
a provar o mérito da proposta de George, Magie inventou e patenteou em 1904 o
que ela chamou de Landlord's Game ("Jogo do Proprietário", em
português). Em um tabuleiro em forma de pista (uma novidade na época), várias
ruas e monumentos eram colocados à venda. A inovação chave de seu jogo, porém,
estava em duas regras que ela escreveu.
Sob
o conjunto de regras "Prosperidade", cada jogador ganhava toda vez
que alguém adquiria uma nova propriedade (com o objetivo de refletir a política
de George de taxar o valor da terra), e o jogo era ganho (por todos!) quando o
jogador que começou com menos dinheiro dobrasse a quantia.
Sob
o conjunto de regras "Monopolista", era o contrário, os jogadores
deviam comprar propriedades e coletar aluguel de todos que fossem azarados o
suficiente para pousar ali - e quem quer que conseguisse levar o resto à
falência virava o único vencedor (parece um pouco familiar?).
“Image caption As alternativas de
regras do Monopoly pretendiam mostrar aos jogadores como diferentes abordagem
em relação a propriedade levavam a resultados sociais diferentes”
O
objetivo de ter dois conjuntos diferentes de regras, dizia Magie, era fazer os
jogadores experimentarem uma "demonstração prática do sistema atual de
tomada de terras com todos os seus resultados e consequências" e talvez
entender como diferentes abordagens em relação a posse de propriedade poderiam
levar a resultados sociais tão diferentes.
"Pode
muito bem ser chamado 'O Jogo da Vida'", afirmou Magie, "já que tem
todos os elementos de sucesso e fracasso do mundo real, e o objeto é o mesmo
que a raça humana em geral parece ter, a acumulação de riqueza".
O
jogo logo se tornou um sucesso entre intelectuais de esquerda em centros
universitários da Faculdade de Wharton, Harvard e Columbia e também entre
comunidades Quaker, nas quais algumas regras foram mudadas e os nomes trocados
por ruas de Atlantic City.
Entre
os jogadores dessa adaptação Quaker estava um homem desempregado chamado
Charles Darrow, que depois vendeu a versão modificada do jogo à empresa Parker
Brothers como se fosse a sua criação.
Quando
a verdadeira origem do jogo veio à tona, a Parker Brothers comprou a patente de
Magie e relançou o jogo de tabuleiro com o nome Monopoly com um único conjunto
de regras: o que celebra o triunfo de um sobre todos.
Pior
do que isso, eles venderam o jogo afirmando que o inventor era Darrow, dizendo
que ele havia sonhado com o jogo nos anos 1930, vendido-o à empresa e se
tornado um milionário. A mentira ironicamente exemplificava os valores
implícitos do Monopoly: persiga a riqueza e destrua seus oponentes se você quer
sair por cima.
Então,
na próxima vez que você for convidado a jogar Monopoly, eis uma ideia. Ao
separar as cartas de sorte e as de cofre, faça uma terceira pilha para impostos
sobre terras, para a qual todo proprietário de terra deve contribuir toda vez
que cobrar aluguel de outro jogador.
Quão
alta essa taxa deve ser? E como esse dinheiro deveria ser distribuído? Essas
questões sem dúvidas levarão a um debate incendiário em torno do tabuleiro -
mas era exatamente isso o que Magie sempre esperou que sua criação provocasse.
*Kate
Raworth é uma pesquisadora visitante do Instituto de Mudança Climática da
Universidade de Oxford e associada ao Instituto de Sustentabilidade e Liderança
de Cambridge. Ela é a autora do livro "Doughnut Economics: Seven Ways to
Think Like a 21st-Century Economist" ("Economias de Donuts: Sete
Formas de Pensar como um Economista do Século 21", em tradução livre).
Este artigo foi publicado originalmente na Aeon e republicado sob a licença de
Creative Commons.
Assinar:
Postagens (Atom)