"a educação ambiental assume cada vez mais a função política e transformadora, na qual a participação e a co-responsabilização dos indivíduos tornam-se alvos centrais para fomentar um novo tipo de racionalidade e um novo modelo de desenvolvimento" ANGÉLICA GÓIS MORALES

Professora Karyne Ap. Mioduski Rodrigues - karynepg@gmail.com





domingo, 16 de setembro de 2018

3 º ano leitura para reflexão


Petróleo do pré-sal do Brasil já é competitivo, diz presidente da BP(Petrolífera Britânica)
O petróleo do pré-sal brasileiro já pode ser considerado um produto de "baixo custo" da indústria petrolífera global e capaz de competir de igual para igual com "shale oil" e "shale gas", a produção não convencional dos Estados Unidos, disse nesta quarta feira o presidente da BP no Brasil, Adriano Bastos.
Segundo ele, desde o início da campanha no pré-sal brasileiro houve avanços geológicos e tecnológicos que aumentaram a eficiência do pré-sal, tornando o produto que já era de qualidade bastante competitivo.
"O pré-sal é cada vez mais 'low cost', e somos competitivos. Competitivos inclusive com o 'shale oil' e 'shale gas', mesmo com os Estados Unidos", disse ele em palestra no Rio de Janeiro.
"Somos competitivos mesmo com eles tendo uma velocidade de reação para variação de preço muito mais rápida que nós", acrescentou Bastos, explicando que a indústria de petróleo nacional, entre descobrir e produzir, pode levar dez anos, enquanto os produtores norte-americanos de óleo não convencional reagem às cotações em apenas um mês, "até porque conseguem sondas e máquinas em cada esquina e têm um modelo de impostos e governança melhor".
Os últimos dados da reguladora ANP mostram que a produção da camada pré-sal já representa mais de 50% da produção nacional.
A BP tem 21 concessões de exploração de petróleo e gás no Brasil em quatro bacias sedimentares e também atua no pré-sal brasileiro.
A expectativa do presidente da BP é de que até 2030 o Brasil se torne um grande exportador mundial de petróleo e gás, graças também ao avanço da campanha no pré-sal.
Segundo Bastos, a eficiência da indústria de petróleo global precisa aumentar em um ritmo ainda mais acelerado para que as reservas sejam exploradas antes que novas fontes tomem espaço na matriz energética.
Um estudo apresentado pelo executivo durante a palestra mostrou que hoje há no mundo 4,9 trilhões de barris de óleo equivalentes em reservas provadas, mas diante dos avanços de novas fontes de energia renovável, a perspectiva é que apenas 1 em cada 3 barris seja recuperável.
O presidente da BP no Brasil evitou falar sobre os rumos da indústria petrolífera nacional em meio ao processo eleitoral, mas listou como problemas no horizonte a falta de previsibilidade dos leilões de áreas de petróleo no Brasil e o demorado e complexo processo de licenciamento ambiental no país.
Bastos lembrou que há projetos da BP na margem equatorial que enfrentam dificuldades para ter continuidade na campanha exploratória.




"A globalização para ajudar os trabalhadores"
"Agora que o presidente Barack Obama e seu principal negociador para o comércio, Michael B. Froman, tentam fechar um acordo comercial com os países do Pacífico e outro com a União Europeia, vão precisar convencer vários grupos nacionais céticos — especialmente os sindicatos — de que esses são bons negócios.
“A globalização aconteceria com ou sem acordos comerciais. Acordos comerciais são ferramentas para moldá-la, e é preciso incluir a criação de normas trabalhistas”, disse Froman.
Os Estados Unidos não são os únicos que tentam elaborar regras para reger o processo. A China, em particular, negocia acordos comerciais com muitos dos seus vizinhos, com pouca atenção a termos ambientais, normas trabalhistas ou outras garantias.
“Na verdade, há uma competição sobre as regras que irão moldar o sistema de comércio global”, argumentou Froman.
Em alguns casos da década de 90, o Acordo de Livre Comércio Norte Americano (NAFTA, na sigla em inglês) pressionou empresas a reconhecer os sindicatos. Algumas indústrias na fronteira entre o México e os EUA acabaram com os testes de gravidez entre as candidatas a um emprego. Mas o NAFTA não determinou condições iguais para os trabalhadores dos dois países.
As regras trabalhistas foram melhoradas em posteriores acordos comerciais, porém, não fica claro se elas mudaram a vida dos trabalhadores, disse Marva Corley-Coulibaly, economista da Organização Internacional do Trabalho.
“Elas ainda não são eficientes”, disse Thea Lee, chefe de gabinete do sindicato americano A.F.L.-C.I.O.
Estudos nos Estados Unidos e na Europa mostram que a concorrência crescente das importações chinesas foi responsável por cerca de um quarto do declínio no número de empregos da indústria entre 1990 e 2007.
Nenhum ajuste nas regras comerciais irá reverter essa tendência.
Os Estados Unidos têm uma das proteções trabalhistas mais fracas do mundo desenvolvido. A hostilidade contra o trabalho organizado em algumas partes do país é tão intensa que mesmo as empresas que querem trabalhadores sindicalizados enfrentam resistências.
Por outro lado, trabalhadores europeus deslocados pela China podem contar com uma rede profundamente enraizada de apoio público.
Dessa forma, os acordos comerciais que os Estados Unidos buscam pretendem oferecer outro tipo de oportunidade para garantir que trabalhadores americanos não sejam prejudicados. Em vez de tentar forçar os países do Pacífico a equiparar suas normas trabalhistas às americanas, por que não usar o acordo de comércio com a União Europeia para importar os padrões trabalhistas mais caros da região e suas políticas sociais mais generosas.
Essa é uma ideia que pode ser defendida pelo trabalho organizado. “Gostaríamos de reforçar as realizações europeias, não enfraquecê-las. Queremos normas trabalhistas fortes e ambiciosas no acordo com a Europa”, disse Thea Lee.
E isso será melhor para os trabalhadores americanos do que adotar padrões mexicanos, chineses, peruanos ou vietnamitas."